Monday, 25 August 2014

Sessão II.14 - Let There Be Insanity


A simpática personagem acima reproduzida ilustra na perfeição a sessão passada…
Julgo não ter memória, em 16 anos de roleplay, de uma sequência tão cheia de WHAT-THE-FUCKS?!?!?! Por muito que eu me esforçasse para promover a Loucura e a Insanidade na campanha através da história, ou dos NPCs, garantidamente não faria melhor trabalho do que os meus jogadores. Alguém é capaz de me explicar o que andaram a fumar antes da sessão?
Um cavaleiro do rei é tackled com um color spray, anunciado aos transeuntes como “espião dos anões”, teleportado para um esconderijo, as duas personagens LAWFUL do grupo mentem-lhe com cada dente que têm na boca, o desgraçado é libertado no meio da angry mob que o tenta linchar, o paladino vai a correr resgatá-lo das mãos da populaça, e abandona-o num celeiro, seminu, numa quinta perdida nas montanhas…
Se alguma vez eu quiser dar vida a um Avatar of Unluck, acho que este desgraçado é um bom candidato ao lugar.
Considerações gerais:
1) Julgo ter sido escandalosamente roubado! Quando o Barion disse que fazia invisibility at will, colocando todo o grupo invisível, eu assumi que tinha alguma forma de o fazer. Mas se isso é o resultado de um ring of invisibility… o efeito só abrange o utilizador. Portanto: há alguma razão para tanta invisibilidade que eu desconheça, ou fui escandalosamente roubado e como tal vingar-me-ei até à 47ª geração na próxima sessão?
2) Deixo só uma palavra quanto às súbitas mudanças de planos. Não faz grande sentido passar duas horas de sessão a planear o que vão fazer a seguir, para no início da sessão seguinte “olha, afinal esqueçam tudo e vamos antes fazer X”. O caso do “não-assalto” ao tribunal poderia ter sido um momento de grande frustração para o DM. Não foi o caso, porque tal como disse não tinha preparado nenhum “groundbreaking event”, mas imaginemos que se tratava de uma fortaleza, e que tinha investido várias horas a preparar NPCs, armadilhas, plot hooks, etc.? Não vejo qual o sentido de “perder” uma sessão inteira a discutir um plano, para logo a seguir o deixar cair por terra sem que tenha havido qualquer mudança significativa na história ou no ambiente. Se eu fosse um DM particularmente sensível, este era um daqueles momentos que justificava um “e de repente aparece um Great Wyrm Red Dragon no ar… rolem iniciativa!” Não que haja dragões no sítio onde vocês estão…
*cof cof cof*
3) Pus-me a pensar relativamente à resolução futura de eventos inesperados que não dependam da intervenção directa do grupo (como foi o caso do assalto à caravana), e creio que uma boa ideia passa por introduzir um baralho de cartas para determinação aleatória dos resultados. Por exemplo, biscando 3 cartas, se a maioria for de naipes vermelhos resolve a favor dos interesses do jogador/grupo/aliados, se a maioria for de naipes pretos resolve contra esses interesses. Se forem biscadas figuras há intervenção directa de NPCs relevantes (inimigos ou aliados), se forem biscados Ases são critical failures para um dos lados, se for biscado um Joker é o jogador que determina especificamente qual o resultado efectivado. Mais ou menos isto.


Crónica da Sessão e Epílogo: link

1 comment:

  1. Quanto ao ponto 1 acho que ja falamos. Relativamente ao ponto 2, percebo que estarmos sempre a falar do que vamos fazer em vez de fazer se torna chato, mas e bom sinal que o grupo consiga fazer roleplay com tao pouco sem estar a correr atras do "proximo objectivo". Gosto da ideia do ponto 3.
    Alexandre

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