A simpática
personagem acima reproduzida ilustra na perfeição a sessão passada…
Julgo não ter
memória, em 16 anos de roleplay, de uma sequência tão cheia de WHAT-THE-FUCKS?!?!?!
Por muito que eu me esforçasse para promover a Loucura e a Insanidade na
campanha através da história, ou dos NPCs, garantidamente não faria melhor
trabalho do que os meus jogadores. Alguém é capaz de me explicar o que andaram
a fumar antes da sessão?
Um cavaleiro do
rei é tackled com um color spray, anunciado aos transeuntes como “espião dos
anões”, teleportado para um esconderijo, as duas personagens LAWFUL do grupo
mentem-lhe com cada dente que têm na boca, o desgraçado é libertado no meio da
angry mob que o tenta linchar, o paladino vai a correr resgatá-lo das mãos da
populaça, e abandona-o num celeiro, seminu, numa quinta perdida nas montanhas…
Se alguma vez
eu quiser dar vida a um Avatar of Unluck, acho que este desgraçado é um bom
candidato ao lugar.
Considerações
gerais:
1) Julgo ter
sido escandalosamente roubado! Quando o Barion disse que fazia invisibility at
will, colocando todo o grupo invisível, eu assumi que tinha alguma forma de o
fazer. Mas se isso é o resultado de um ring of invisibility… o efeito só
abrange o utilizador. Portanto: há alguma razão para tanta invisibilidade que
eu desconheça, ou fui escandalosamente roubado e como tal vingar-me-ei até à
47ª geração na próxima sessão?
2) Deixo só uma
palavra quanto às súbitas mudanças de planos. Não faz grande sentido passar
duas horas de sessão a planear o que vão fazer a seguir, para no início da
sessão seguinte “olha, afinal esqueçam tudo e vamos antes fazer X”. O caso do “não-assalto”
ao tribunal poderia ter sido um momento de grande frustração para o DM. Não foi
o caso, porque tal como disse não tinha preparado nenhum “groundbreaking event”,
mas imaginemos que se tratava de uma fortaleza, e que tinha investido várias
horas a preparar NPCs, armadilhas, plot hooks, etc.? Não vejo qual o sentido de
“perder” uma sessão inteira a discutir um plano, para logo a seguir o deixar
cair por terra sem que tenha havido qualquer mudança significativa na história
ou no ambiente. Se eu fosse um DM particularmente sensível, este era um daqueles
momentos que justificava um “e de repente aparece um Great Wyrm Red Dragon no
ar… rolem iniciativa!” Não que haja dragões no sítio onde vocês estão…
*cof cof cof*
3) Pus-me a
pensar relativamente à resolução futura de eventos inesperados que não dependam
da intervenção directa do grupo (como foi o caso do assalto à caravana), e
creio que uma boa ideia passa por introduzir um baralho de cartas para
determinação aleatória dos resultados. Por exemplo, biscando 3 cartas, se a
maioria for de naipes vermelhos resolve a favor dos interesses do jogador/grupo/aliados,
se a maioria for de naipes pretos resolve contra esses interesses. Se forem
biscadas figuras há intervenção directa de NPCs relevantes (inimigos ou
aliados), se forem biscados Ases são critical failures para um dos lados, se
for biscado um Joker é o jogador que determina especificamente qual o resultado
efectivado. Mais ou menos isto.
Crónica da Sessão e Epílogo: link
Quanto ao ponto 1 acho que ja falamos. Relativamente ao ponto 2, percebo que estarmos sempre a falar do que vamos fazer em vez de fazer se torna chato, mas e bom sinal que o grupo consiga fazer roleplay com tao pouco sem estar a correr atras do "proximo objectivo". Gosto da ideia do ponto 3.
ReplyDeleteAlexandre