Enquanto não começava a última sessão, estávamos a debater o ridículo de
aplicar “criticial fumbles” a personagens de nível alto. Faz sentido um
guerreiro de nível 10+ tropeçar no meio de um combate, ou deixar cair a espada?
Para mais, funcionando os “melee characters” com base numa progressão do número
de ataques por ronda, torna-se estatisticamente óbvio que praticamente ronda
sim, ronda não, vai-lhes calhar a fava.
Curiosamente, a sessão até parou num momento propenso a um episódio deste
cariz. Ficámos no início de um combate, no meio de um banquete onde estão todos
os figurões do reino e onde o paladino acaba de ser consagrado “herói do povo”.
O que poderia ser mais ridículo do que depois de tudo isto, ele rolar 2 ou 3 “fumbles”
e passar metade do tempo a dar cambalhotas nos bancos ou a ver a espada voar
pela janela?
Por outro lado, o sistema de “critical hits” serve de contrapeso. Da
mesma forma, estatisticamente o paladino vai ter maiores chances de rolar
vários 20s, e duplicar o dano. Portanto, como o bónus é elevado, a penalidade
também tem de o ser (caso contrário desequilibrava ainda mais o jogo, e classes
como bardo ou druida tornavam-se quase obsoletas).
Em suma: faz sentido existirem estas regras? Não torna a situação um
pouco Monty Pythiana um guerreiro
fazer 400 de dano, e de seguida escorregar sozinho, perder a espada, ou acertar
num aliado? Deveriam os 20s ser guardados apenas para a árvore dos “critical
feats”, e os 1s esquecidos a partir de nível 4 ou 5?